Países da África Central
Quantas nações na África Central
Localizada na parte central da África, a África Central é composta por 9 países. Aqui está uma lista alfabética de todos os países da África Central: Angola, Camarões, República Centro-Africana, Chade, República Democrática do Congo, Guiné Equatorial, Gabão, República do Congo e São Tomé e Príncipe. Entre eles, três pertencem aos PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Angola, Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe).
1.Angola
Angola é uma república no sudoeste de África e faz fronteira com a Namíbia, a Zâmbia, a República Democrática do Congo e o Oceano Atlântico a oeste. O português é a língua oficial de Angola e tem uma população de pouco mais de 24 milhões.
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2. Camarões
Camarões, formalmente República dos Camarões, é um estado unitário na África Central e Ocidental.
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3. Chade
O Chade, oficialmente República do Chade, é um estado da África Central. Faz fronteira com a Líbia ao norte, o Sudão a leste, a República Centro-Africana ao sul, os Camarões e a Nigéria a sudoeste e o Níger a oeste. A parte norte do Chade está localizada no deserto do Saara.
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4. Gabão
Gabão, formalmente República do Gabão, é uma república no equador, na África Central Ocidental. O país faz fronteira com Camarões, Congo-Brazzaville, Guiné Equatorial e Oceano Atlântico.
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5. Guiné Equatorial
A Guiné Equatorial é um dos menores estados da África. O país está localizado parcialmente no continente da África Ocidental e parcialmente em cinco ilhas habitadas. O país faz fronteira com Camarões e Gabão, bem como com a Baía de Biafra, no Atlântico.
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6. República Centro-Africana
A República Centro-Africana é uma república na África Central localizada ao norte do equador. O país faz fronteira com Chade, Sudão, Sudão do Sul, Congo-Kinshasa, Congo-Brazzaville e Camarões. Cerca de 4,6 milhões de pessoas vivem na República Centro-Africana.
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7. República do Congo
A República do Congo, muitas vezes referida como Congo-Brazzaville (RC), é um estado da África Central.
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8. República Democrática do Congo
A República Democrática do Congo (RDC), ou como é frequentemente chamada de Congo-Kinshasa, é um estado da África Central. É o segundo maior país de África em área e faz fronteira a norte com o Congo-Brazzaville, República Centro-Africana, Sudão do Sul, Uganda, Ruanda, Burundi, Tanzânia, Zâmbia, Angola e uma pequena faixa costeira até ao Atlântico. A República Democrática do Congo tem a quarta maior população de África, com pouco mais de 77 milhões de residentes.
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9. São Tomé e Príncipe
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Países da África Central por População e Suas Capitais
Conforme observado acima, existem nove países independentes na África Central. Entre eles, o maior país é a RD Congo e o menor é São Tomé e Príncipe em termos de população. A lista completa dos países da África Central com capitais é mostrada na tabela abaixo, classificada pela população total mais recente.
Classificação | País | População | Área do Terreno (km²) | Capital |
1 | República Democrática do Congo | 86.790.567 | 2.267.048 | Kinshasa |
2 | Angola | 30.175.553 | 1.246.700 | Luanda |
3 | Camarões | 24.348.251 | 472.710 | Yaoundé |
4 | Chade | 15.692.969 | 1.259.200 | N’Djamena |
5 | República Centro-Africana | 5.496.011 | 622.984 | Bangui |
6 | República do Congo | 5.380.508 | 341.500 | Brazavile |
7 | Gabão | 2.172.579 | 257.667 | Libreville |
8 | Guiné Equatorial | 1.358.276 | 28.051 | Malabo |
9 | São Tomé e Príncipe | 201.784 | 964 | São Tomé |
Mapa dos países da África Central
Breve História da África Central
Primeiros assentamentos humanos
Era pré-histórica
A África Central, rica em recursos naturais e biodiversidade, tem uma história profundamente enraizada que remonta aos tempos pré-históricos. Evidências arqueológicas sugerem que os humanos habitam a região há milhares de anos. Os primeiros assentamentos humanos eram em grande parte compostos por comunidades de caçadores-coletores. A Bacia do Congo, em particular, desempenhou um papel crucial como habitat para os primeiros humanos. Artefactos como ferramentas de pedra e cerâmica encontrados em áreas como a República Democrática do Congo (RDC) e a República Centro-Africana (RCA) indicam a presença de culturas pré-históricas avançadas.
Desenvolvimento da Agricultura
O desenvolvimento da agricultura por volta de 3.000 aC marcou uma mudança significativa na história da África Central. A introdução da agricultura levou ao estabelecimento de assentamentos mais permanentes. As primeiras sociedades agrícolas cultivavam culturas como milho e sorgo e animais domesticados. A migração Bantu, iniciada por volta de 2.000 aC, teve um impacto profundo na região. Os povos de língua bantu espalharam-se pela África Central, trazendo consigo práticas agrícolas, tecnologia de processamento do ferro e novas estruturas sociais.
Antigos Reinos e Impérios
Reino do Kongo
Um dos reinos antigos mais proeminentes da África Central foi o Reino do Kongo. Estabelecido no século XIV, abrangia partes dos actuais Angola, RDC, República do Congo e Gabão. O Reino do Kongo era altamente centralizado e sofisticado, com um governo estruturado, redes comerciais vibrantes e uma rica herança cultural. A sua capital, Mbanza Kongo, era um importante centro urbano. O reino manteve comércio com potências europeias, especialmente os portugueses, que chegaram no século XV. Este contacto teve efeitos positivos e negativos, incluindo a difusão do cristianismo e o impacto devastador do comércio transatlântico de escravos.
Impérios Luba e Lunda
Nas regiões de savana da atual RDC, os impérios Luba e Lunda surgiram entre os séculos XIV e XVII. O Império Luba, fundado pelo Rei Kongolo, desenvolveu um sistema político complexo e uma economia baseada na agricultura, pesca e comércio. O Império Lunda, ao sul, cresceu a partir do estado de Luba e expandiu-se através de alianças e conquistas. Ambos os impérios desempenharam papéis significativos nas redes comerciais regionais, trocando bens como marfim, cobre e sal.
Exploração Europeia e Colonialismo
Primeiros Contatos Europeus
A exploração europeia da África Central começou no final do século XV, com exploradores portugueses aventurando-se na região. No entanto, foi só no século XIX que o interesse europeu na África Central se intensificou. Exploradores como David Livingstone e Henry Morton Stanley conduziram extensas expedições, mapeando a região e documentando seus povos e paisagens. Os seus relatos alimentaram as ambições europeias de colonização.
Luta pela África
A Conferência de Berlim de 1884-1885 marcou a divisão formal de África entre as potências europeias, levando à colonização da África Central. A região foi dividida principalmente entre Bélgica, França e Alemanha. O Rei Leopoldo II da Bélgica estabeleceu o controlo pessoal sobre o Estado Livre do Congo, explorando os seus recursos e o seu povo com uma eficiência brutal. As atrocidades cometidas durante este período, incluindo trabalho forçado e assassinatos em massa, levaram à condenação internacional e, eventualmente, à transferência do controle para o governo belga em 1908.
A França colonizou territórios que se tornariam o Gabão, o Congo-Brazzaville e a RCA, enquanto a Alemanha controlava partes dos actuais Camarões e Ruanda. O período colonial trouxe mudanças significativas, incluindo a introdução de novos sistemas administrativos, o desenvolvimento de infra-estruturas e a exploração de recursos naturais. No entanto, também levou ao deslocamento de populações indígenas, à ruptura cultural e a movimentos de resistência.
Movimentos de Independência
Era Pós-Segunda Guerra Mundial
O rescaldo da Segunda Guerra Mundial e a onda global de descolonização alimentaram movimentos de independência em toda a África Central. Surgiram líderes e movimentos nacionalistas, defendendo a autodeterminação e o fim do domínio colonial. No Congo Belga, Patrice Lumumba tornou-se uma figura proeminente, conduzindo o país à independência em 1960. No entanto, a transição foi marcada pela instabilidade política, levando ao assassinato de Lumumba e à ascensão de Joseph Mobutu, que estabeleceu um regime ditatorial que durou até 1997..
Territórios Franceses e Portugueses
As colónias francesas na África Central também conquistaram a independência no início da década de 1960. O Gabão, a República do Congo e a RCA tornaram-se nações soberanas, cada uma enfrentando os seus próprios desafios pós-independência, incluindo instabilidade política, golpes de estado e dificuldades económicas. Nos territórios portugueses, a luta pela independência foi mais longa e violenta. Angola, por exemplo, enfrentou uma guerra prolongada pela independência que durou até 1975.
Era Pós-Independência
Desafios Políticos e Económicos
A era pós-independência na África Central tem sido caracterizada por uma combinação de progressos e desafios persistentes. Muitos países da região têm lutado com instabilidade política, guerras civis e dificuldades económicas. A RDC, por exemplo, viveu múltiplos conflitos, incluindo a Primeira e a Segunda Guerras do Congo, que envolveram numerosas nações africanas e resultaram em milhões de mortes. Da mesma forma, a RCA tem enfrentado instabilidade crónica, com repetidos golpes de Estado e conflitos armados contínuos.
Esforços em direção à estabilidade e ao desenvolvimento
Apesar destes desafios, têm havido esforços para alcançar a estabilidade e promover o desenvolvimento. Organizações regionais como a Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) e intervenções internacionais têm como objectivo promover a paz e a cooperação. Países como o Gabão e a Guiné Equatorial utilizaram os seus recursos petrolíferos para impulsionar o crescimento económico, embora persistam preocupações sobre a governação e a distribuição equitativa da riqueza.
Questões Contemporâneas e Perspectivas Futuras
Questões Ambientais e Sociais
A África Central enfrenta problemas contemporâneos significativos, incluindo degradação ambiental, pobreza e crises de saúde. A Bacia do Congo, uma das maiores florestas tropicais do mundo, está ameaçada pela desflorestação e pelas alterações climáticas, afetando a biodiversidade e as comunidades locais. Os esforços para proteger o ambiente e promover o desenvolvimento sustentável são cruciais para o futuro da região.
Caminho para o Desenvolvimento Sustentável
Olhando para o futuro, o caminho da África Central para o desenvolvimento sustentável envolve enfrentar os seus desafios complexos, ao mesmo tempo que capitaliza os seus vastos recursos e populações resilientes. O reforço da governação, a promoção da cooperação regional e o investimento na educação, nos cuidados de saúde e nas infraestruturas são passos essenciais para um futuro melhor. O rico património cultural da região e a diversidade das paisagens naturais oferecem oportunidades únicas para o turismo e o intercâmbio cultural, contribuindo para o seu desenvolvimento global.